O
Processo de Bolonha e o Trabalho Pedagógico em Plataformas Digitais: Possíveis
Implicações
O processo de Bolonha, tendo
como diretriz principal a harmonização do sistema europeu de ensino superior,
veio alterar um pouco o paradigma do ensino passando de um modelo passivo
baseado na aquisição de conhecimentos, para um modelo baseado no
desenvolvimento de competências.
Este
foi um processo iniciado em 1998, onde pela primeira vez foi apresentada a
vontade de harmonização do sistema europeu do ensino superior. O processo de Bolonha tem crescido e evoluído tendo como principais metas a consolidação do sistema
através da mobilidade, competitividade e colaboração no espaço europeu. Tem também como característica o
estudante como centro na sua aprendizagem ao longo da vida, a criação de novas
oportunidades tendo em conta a diversidade sócio cultural, a certificação de
competências e a transparência na regulação do sistema.
Contudo há quem aponte
alguns aspetos críticos ao processo, sendo um deles o desenvolvimento de
políticas educativas que se afastam de princípios democráticos e de
representatividade, e outro que aponta para a deslocalização da formação das
políticas de educação para entidades supranacionais, deixando os estados de ter
controlo sobre a situação.
Tendo em conta aquilo que aponta o processo de Bolonha no que diz respeito à
transição de um ensino transmissivo em que o professor tinha o papel principal,
para a valorização do processo de aprendizagem, sendo o aluno o elemento
central e ativo na construção dos seus conhecimentos. E sabendo ainda que essas
mudanças também se irão dar no aspeto social tornando a educação mais
inclusiva, este é um quadro que propicia a mudanças na organização e nos
currículos do ensino superior.
Várias são as teorias sobre
a utilização das plataformas digitais como estratégia para o ensino, atribuindo um papel
ativo ao estudante, contribuindo para o aumento da oportunidade de acesso e
melhoria da qualidade do ensino.
Apesar das dificuldades
existentes na utilização das plataforma digitais, tais como, a gestão do tempo
para alunos e docentes e as dificuldades técnicas de adaptação às novas
tecnologias, muitas também são as vantagens da utilização destas no que diz respeito
aos diferentes ritmos de aprendizagem, ao aumento da interação pessoal, ao controlo das
fontes de informação, à quebra do limite do espaço da sala de aula e do tempo
levando a uma gestão mais eficiente deste, à melhoria do processo de ensino e
do trabalho dos docentes como mediadores deste mesmo processo.
Bibliografia:
Monteiro, A.;Moreira, A.J.Almeida, A.C. (2012) Educação Online: pedagogia
e aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso – Portugal, cap.
I.
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